Sunday, November 8, 2009

Idéia pra um livro

Aqui se segue uma tentativa do começo de alguma coisa:

Beatriz morava em um apartamento no centro da cidade. Morando no sétimo andar, com uma grande varanda, ela conseguia observar todos que passavam em na ocupada esquina. Em todos os domingos ela sentava na varanda e observava as pessoas andando, imaginando quais seriam suas funções e como seriam suas vidas.

Após duas semanas morando em seu apartamento, que atualmente é dona há 3 anos, este interesse nas pessoas se tornou um hábito. Ela almoçava na varanda todos os domingos à tarde, sem perder um dia. Ela ficava imaginando quem poderia ser feliz ou infeliz, casado ou solteiro, chato ou engraçado.

E em todos os domingos ela iria para varanda com um pequeno caderno vermelho, com capa dura revestida por um tecido que lembrava veludo. E ela escreveria as descrições das pessoas que via, estórias inventadas por ela e ainda conseguia falar das famílias dos desconhecidos que passavam na esquina.

Ela perdia eventos, viagens e encontros apenas para escrever sobre os desconhecidos de sua varanda, inventando contos extraordinários para seus desconhecidos, ou em dias chuvosos, estórias mais trágicas, e quando o sol batia em seu rosto, escreveria estórias românticas ou de aventura.

Quando via uma família passar, escrevia sobre estórias infantis. Quando um casal passava, ela escreveria sobre estórias tão românticas que chegavam a precisar de censura às vezes. Quando via animais, criava animais falantes, agindo como humanos.

Ela escrevia tanto que aquele pequeno caderno vermelho não foi o bastante para sua vasta imaginação. Ela comprava mais cadernos à cada dois meses, apenas para suprir sua necessidade de escrever.

Contraditoriamente à seu hábito, Beatriz era uma fotógrafa bem sucedida que tinha uma galeria à algumas quadras de seu apartamento. Mas, sua ocupação ajudou suas histórias, pois ela conseguia tirar lindas fotos para dar ilustrações à suas estórias.


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